segunda-feira, 15 de outubro de 2007

O triste fim da pimenteira

Passei meu domingo inteiro em um seminário de kriya yoga. Era de se esperar então que, após um dia de meditação, eu voltasse para casa e tivesse uma noite absolutamente tranqüila. Qual não foi meu choque ao abrir a porta de casa e encontrar minha pimenteira reduzida a três cotoquinhos mastigados enfiados no vaso. O horror! A carnificina! O caos!

Gnocchi obviamente ficou meio bravo por ter sido deixado em casa o dia todo, e resolveu atacar direto minha planta favorita, as três pimenteiras que eu plantara quando juntei os trapos com Allex, a partir das sementes de uma pimentinha seca que meu sogro me dera. Eu cuidara por 2 anos das mudas, livrando-as de todas as pragas possíveis em um apartamento, e, vira-e-mexe, curando-a de problemas causados por minha inapdidão ou desleixo. Finalmente elas pareciam estar bem e cresciam à toda força, produzindo tantas pimentas quanto uma pimenteira de apartamento pode produzir.

Então, ontem, elas foram ceifadas pelos dentes afiados de um border-collie revoltado, que queria brincar com a madeira-balsa que as sustentava. Gnocchi arrancou todos os seus galhos, mastigou e cuspiu todas as folhas e abandonou estas três pimentinhas sobreviventes embaixo do sofá, intactas. Nada restou das plantas que pudesse ser salvo, a não ser elas, as pimentinhas, que jazem na bancada da cozinha como testemunhas traumatizadas do assassinato de sua planta-mãe.

Não chorei pelo meu sapato novinho quando ele ganhou furos largos de seus caninos, mas chorei pela minha pimenteira, castigada, destruída, morta.

Cozinhe isso também!

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